A utilização da tecnologia 5G nos portos pode poupar milhões de euros e aumentar a produtividade, defende a Ericsson.
A Ericsson trabalha há três anos com o consórcio universitário italiano de telecomunicações CNIT (National Inter-University Consortium for Telecommunications) no porto de Livano, na costa Noroeste de Itália, testando novas soluções 5G.
Os ensaios realizados mostram que o porto pode obter poupanças de 2,5 milhões de euros por ano com a atracação optimizada de navios, além de obter uma melhoria de 25% na produtividade utilizando pórticos de cais e de parque com controlo remoto com tecnologia 5G.
“Esses números só por si destacam os imensos benefícios potenciais do 5G se implantados em escala nos portos da Europa, sem mencionar todo o mundo”, indica a Ericsson no seu site. De referir, porém que os custos de investimento não estão incluídos nesta análise, sendo consideradas apenas as economias operacionais.
O 5G permite que as companhias registem informação de 100 a 120 milhões de fontes diferentes diariamente. Essas fontes incluem portos, movimentos de embarcações e contentores. Os portos que mais estão a investir em desenvolvimentos 5G este ano são Roterdão, Qingdao, Hamburgo e Singapura. Neste último caso, a PSA está a desenvolver equipamentos de telecomando, juntamente com veículos guiados de forma automatizada.
A China está, entretanto, a alavancar o 5G para promover o que chamam de centralização inteligente de portos, um passo rumo à automatização completa dos terminais de contentores para reduzir custos e melhorar a eficiência. A China já deu, de resto, o próximo passo ao anunciar que formou duas novas equipas para pesquisar e estudar o 6G.