Seiscentos milhões de euros e seis meses é de quanto a Alitalia disporá para tentar garantir a sobrevivência. A companhia entrou em processo de falência e passa a ser gerida por administradores nomeados pelo Estado.
Os 600 milhões de euros serão emprestados pelo Estado italiano para garantir que a companhia continua a operar enquanto se procura uma solução. O governo de Roma já disse, todavia, que não aceitará recapitalizar a companhia. Seis meses é o prazo do empréstimo ponte hoje decidido pelo Executino, na reunuiao em que nomeou os novos gestores da empresa.
Os actuais accionistas, onde se destaca a Etihad, com 49% do capital, desistiram de viabilizar a companhia depois de os trabalhadores terem recusado o plano proposto, que previa, entre outras medidas, a dispensa de 1 700 trabalhadores e o corte de 8% nos salários do pessoal de cabina.
Esta é a segunda vez que a Alitalia enfrenta o fim no espaço de uma década. A dissolução da companhia poderá ser mesmo o destino da empresa, ou então o seu desmantelamento e venda.
Recorde-se que a Air France-KLM já foi parceiro industrial e accionista da Alitalia. E que a Lufthansa também chegou a ser dada, em tempos, como interessada. Agora já recusou tal interesse.