O governo dos Açores vai trabalhar para harmonizar as condições da operação portuária nos diferentes portos da região, e desde logo nos dois maiores, Ponta Delgada e Praia da Vitória.
O compromisso foi deixado pela secretária regional Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, no final de uma audiência com a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários (FNSTP) e o Sindicato dos Trabalhadores Portuários da Ilha Terceira (SITPIT) para abordar questões relativas à operação portuária nos Açores.
Berta Brito reconheceu algumas situações de desigualdade nos portos dos Açores”, indo-se agora “estudar a questão” para se “fazer uma operação mais igualitária, sobretudo nos dois maiores portos”, localizados nas ilhas de São Miguel e da Terceira.
Os trabalhadores da estiva da Praia da Vitória pretendem operar nas mesmas condições que os colegas de Ponta Delgada. A governante sublinhou que as operações que as empresas de estiva Oper Ponta Delgada e Oper Terceira desenvolvem “não têm exactamente o mesmo âmbito”, pelo que se pretende “aproximar o âmbito da actuação” em termos logísticos na gestão da operação vertical e horizontal da carga.
Berta Cabral lembrou que há trabalhadores da Portos dos Açores, empresa pública, que hoje garantem operações portuárias “e, se estas forem transferidas para a Oper Terceira, é preciso perceber o que acontece aos trabalhadores da Porto dos Açores”. “Há que garantir um tratamento equilibrado e que estes não percam os seus estatutos remuneratórios e da empresa”.
A governante salvaguardou, por isso, que este “é um processo, não são situações para resolver de hoje para amanhã”.
Já o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários, Aristides Peixoto, reconheceu que “há um caminho aberto” para que se chegue a um consenso nesta matéria.
Apesar de reconhecer que “há aspectos que são diferentes nos vários portos, o que acontece também no continente”, o sindicalista defendeu que há “que regularizar e colocar tudo à mesma dimensão”, e deu o exemplo do parqueamento de contentores, que deveria ser assegurado pelos trabalhadores portuários das empresas de estiva, “nos termos da lei”, o que não acontece no porto da Praia da Vitória, onde são os trabalhadores das administrações portuárias que garantem a operação.