O Governo Regional dos Açores vai voltar a fretar um navio porta-contentores para garantir o abastecimento da ilha das Flores, cujo porto continua com sérias limitações operacionais.
“A diferença em relação à operação actual é que o navio Margarethe, sendo fretado, pode aguardar uma aberta para poder atracar [no porto das Lajes das Flores], ao contrário de um navio em rota, que tem de seguir a sua viagem quando não consegue” [atracar], justificou Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, citada pela “Lusa”.
O Margarete, um navio de 86,53 metros de comprimento, com 12,9 metros de boca, está actualmente na Guiné Conacri, e vai terminar a sua missão no final do mês, para regressar aos Açores, onde já operou no abastecimento à ilha das Flores, explicou.
O Governo dos Açores vai voltar a fretar o navio “Margarethe”, um porta-contentores com bandeira de Antígua, para garantir o transporte de mercadorias para a ilha das Flores, cujo porto comercial foi destruído em 2019 pelo furacão Lorenzo.
A operação deverá prolongar-se por três ou quatro meses, o tempo necessário para intervir no molhe de protecção, destruído pelo furacão Lorenzo, primeiro, em 2019, e mais recentemente (Dezembro de 2022) pela tempestade Efrain.
O fretamento do navio deverá custar à Região 125 mil euros mensais, suportados pelo Fundo Regional de Coesão.
“Sabemos que não faltam bens essenciais nas Flores, mas sabemos que faltam factores de produção, faltam materiais de construção civil, faltam produtos para a actividade económica na ilha, para os comerciantes, para os industriais”, admitiu Berta Cabral, adiantando que a solução agora encontrada pretende dar resposta às reivindicações dos empresários e da população residente nas Flores.