As obras de alargamento do canal do Panamá deverão retomar o ritmo normal em Março e ficar concluídas até ao final de Dezembro, segundo o “acordo conceptual pendente de revisão e assinatura” a que chegaram a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) e o consórcio Grupo Unidos Pelo Canal (GUPC), liderado pela Sacyr.
O acordo prevê que o GUPC injectará 100 milhões de dólares no projecto e que a ACP adiantará outros 100 milhões de dólares. Além disso, admite-se a possibilidade de alargar até 2018 o prazo para o GUPC devolver os 784 milhões de dólares recebidos adiantados da ACP.
Em contrapartida, impõe-se que as 12 comportas (de um total de 16) que ainda estão em Itália, onde foram fabricadas, terão de chegar ao Panamá até ao final do corrente anop, e que os trabalhos de alargamento do canal terão de estar concluídos até ao final de Dezembro de 2015. Quinze meses mais tarde que o inicialmente agendado.
O acordo agora anunciado não resolve a questão dos 1,6 mil milhões de dólares de sobrecustos que esteve na origem da interrupção dos trabalhos. Pelo contrário, a ACP insiste em que o contrato terá de ser cumprido pelo preço inicialmente previsto. A questão será dirimida nos tribunais arbitrais contratualmente previstos.
De qualquer modo, sublinha a ACP, o atraso de mais seis meses no alargamento do canal representará uma perda de 95 milhões de dólares para a Autoridade do canal.
O alargamento do canal do Panamá deverá permitir a sua utilização por navios de até 12 000 TEU.