Os membros do Conselho de Administração da Metro do Porto pediram a renúncia aos cargos, depois de mais uma assembleia geral da empresa em que não foram votados os seus sucessores.
Ricardo Fonseca já tinha avisado, em Março, que não ficaria na empresa para além da assembleia geral de Maio. Agora, com o pedido de renúncia, todos os administradores manter-se-ão ainda em funções até ao final de Junho. Mas não mais além.
A assembleia geral desta sexta-feira tinha como pontos da ordem de trabalhos a aprovação das contas e a eleição dos órgãos sociais. Mas, como se previa, Governo e Junta Metropolitana do Porto não chegaram a acordo sobre a revisão dos estatutos da empresa (visando a sua fusão com a STCP, como pretende o Executivo) e não foram propostos quaisquer nomes para assumir os destinos da Metro.
Aos jornalistas, Ricardo Fonseca admitiu sentir-se “desiludido” por sair da Metro do Porto “na sequência de uma resignação” mas mostrou-se, apesar de tudo, confiante em que o problema da liderança da empresa seja superado até ao final de Junho. “Mal corre se durante um mês e uma semana não há tempo suficiente para resolver este problema, que na verdade já é insuportável”.
O ainda presidente da Metro do Porto congratulou-se, outrossim, com os “passos significativos” que a empresa deu até hoje, nomeadamente porque “a qualidade do serviço é reconhecida pela população”.