A AE ferroviária entre Algeciras e Saragoça poderá retirar das estradas espanholas cerca de 48 mil camiões por ano. O serviço tem arranque previsto para o próximo ano.
Espanha aposta no desenvolvimento de auto-estradas ferroviárias para favorecer a transferência de cargas da rodovia para a ferrovia e, assim, cumprir os objectivos de descarbonização. Daí o envolvimento público no desenvolvimento da AE ferroviária entre Algeciras e Saragoça.
A ideia é colocar sobre carris as cargas que entram por Algeciras, desde logo provenientes do Norte de África, e que se destinam aos mercados do Centro e Norte da Europa. A nova oferta será assegurada pela Rail & Truck Strait Union. O consórcio foi lançado pela EcoRail e pela Continental Rail (entretanto adquirida pela CMA CGM), às quais se juntou a Marcotran.
O plano operacional prevê o arranque com um comboio diário em cada sentido, mas a ideia é atingir uma oferta de três ligações diárias em ambos os sentidos, com uma oferta de capacidade de 30 trailers por composição. Contas feitas, estar-se-á a falar de mais de 800 ligações anuais em cada sentido, o que representará retirar da estrada uns 48 mil camiões.
Considerando o percurso de 1 074 quilómetros entre Algeciras e Saragoça, estima-se que a AE ferroviária permitirá uma poupança anual de nove mil toneladas de emissões de CO2.
Entretanto, a Adif prossegue os investimentos na adaptação da infra-estrutura ferroviária para o lançamento do novo serviço.
Enquanto portos espanhóis vêm seus terminais receberem investimentos públicos e privados, governo do PS não acompanha dificuldades dos terminais de contentores a Norte. Leixoes vai perdendo competitividade para Vigo há muitas decadas assim como Viana e a Fuigueira !!
Pedro Nuno Santos impediu que a Medwway já tivesse inaugurado o terminal de Famalicão porque não conclui a renovação da linha da Beira Alta …
E o desgoverno de Antonio Costa não é capaz de terminar renovação da linha da Beira Alta e de construir as linhas entre o porto de Aveiro com a fronteira de Vilar Formoso e Évora até à fronteira do Caia. Assim Leixões e Sines continuam a perder como há décadas para os portos espanhóis …