A AEM Gijon-Nantes tem o fim anunciado para a próxima semana apesar de ter atingido uma taxa de ocupação média de 75%. E, no entanto, 70% seria suficiente para ser rentável, terá sido dito.
As autoridades de Madrid e de Paris continuam a negociar a LD Lines as condições para garantir a manutenção da AEM Gijon-Nantes para lá de dia 18, mesmo sem subvenções públicas. Em Espanha como em França, os políticos locais, regionais e nacionais pedem a manutenção dos subsídios à operadora.
A notícia do fim da AEM caiu mal junto dos transportadores rodoviários que utilizavam o serviço, a avaliar por declarações de responsáveis associativos das Astúrias, citadas na imprensa local. Neste caso, a companhia de navegação é a principal visada.
Um dirigente da Asetra lembrou a propósito que nas primeiras reuniões [com a LD Lines] terá sido dito que com uma taxa de ocupação de 70% a linha seria rentável. “Mais tarde disseram que isso não valia”, criticou.
No ano passado, a AEM terá registado uma taxa de ocupação de 75%, tendo transportado 18 000 camiões, 38 500 semi-reboques, 25 mil automóveis e 50 mil passageiros.
Ontem mesmo, representantes dos governos espanhol e francês reuniram-se, em Paris, com dirigentes do Grupo LDA, tendo sido estabelecido um calendário para negociar as condições que permitam manter a AEM no curto prazo, mesmo sem apoios adicionais.
Ao mesmo tempo serão negociadas as condições necessárias para garantir a viabilidade das operações no médio prazo, depois de esgotadas todas as subvenções públicas previstas.