A Aeroneo deverá começar em breve a construção da unidade de manutenção e desmantelamento de aviões no aeroporto de Beja. Dois anos depois do anúncio do projecto, o Governo aprovou a desafectação do terreno necessário à implantação.
O Conselho de Ministros aprovou a resolução que desafecta do domínio público militar um terreno da Base Aérea n.º 11 para a construção e reconhece o interesse público do projecto da empresa portuguesa Aeroneo, que deverá implicar um investimento de 35 milhões de euros.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a decisão cria as condições para a concretização de um investimento que deverá criar “cerca de 40 postos de trabalho directos já em 2017”.
Fonte governamental disse à “Lusa” que a desafectação do terreno vigorará por 15 anos, o período de duração do contrato com a Aeroneo, e o reconhecimento do interesse público do projecto permitirá arrendar o terreno à empresa.
Em 2015, a Aeroneo anunciou a intenção de construir uma unidade de manutenção e desmantelamento de aviões e valorização de activos aeronáuticos no aeroporto de Beja, que poderá criar até cerca de 100 postos de trabalho. Em Julho do mesmo ano, a ANA – Aeroportos de Portugal, concessionária do aeroporto, e a Aeroneo assinaram uma licença de ocupação para construção e exploração da unidade na infra-estrutura aeronáutica alentejana.
Agora com a decisão governamental, e segundo a ANA, “todos os licenciamentos relativos ao projecto de construção” da unidade estão “concluídos” e “apenas aguarda a notificação” da Aeroneo para o início dos trabalhos, mostrando-se “confiante” de que “tal irá ocorrer a breve prazo”.
A Câmara Municipal de Beja apressou-se a saudar a notícia, sublinhando tratar-se da “primeira grande empresa” a instalar-se no aeroporto local, e afirmando, em comunicado, que a resolução “tem o mérito de trazer, de novo, aos alentejanos a capacidade de acreditar e, desta forma, desbloquear a vinda para Beja e para a região de mais empresas e actividades relacionadas com o aeroporto de Beja”.