Ninguém estará interessado em pagar 100 milhões para ser dono do aeroporto de Ciudad Real, mas há três candidatos a gerir o aeroporto de Castellón recebendo 25 milhões de euros num horizonte de 20 anos.
Fracassou a primeira tentativa de vender o falido aeroporto de Ciudad Real. O prazo para apresentação de propostas terminou na sexta-feira e ninguém formalizou a oferta mínima de 100 milhões de euros.
Agora haverá um novo prazo para apresentação de propostas, com o preço-base a descer para os 80 milhões de euros. No caso de mesmo assim não surgirem interessados, avançar-se-ão para o leilão judicial.
A venda compreende o aeroporto propriamente dito, as áreas reservadas à instalação de indústrias ou operadores logísticos e ainda a zona de protecção ecológica. Mas não garante a licença de utilização, sem a qual o aeroporto não poderá operar.
O aeroporto de Ciudad Real, o primeiro aeroporto privado de Espanha, começou a operar em Dezembro de 2008 e em Junho de 2010 entrou em processo de falência.
Sem ver passar os aviões continua o aeroporto de Castellón, começado a construir nos idos de 2003 por iniciativa da Generalitat de Valência, que só agora lançou o concurso para a gestão da infra-estrutura.
O processo terá atraído três candidatos, um espanhol, um estrangeiro e um consórcio misto. A Aerocas, a empresa pública detentora da infra-estrutura, dispõe-se a pagar um máximo de 25 milhões de euros por um prazo de 20 anos.
O vencedor, que deverá ser conhecido no final de Janeiro, deverá gerir o aeroporto e, antes do mais, concluir o processo de certificação da infra-estrutura.