Ora, vamos lá falar um pouco do nosso AEROPORTO INTERNACIONAL DA BEIRA!
Quem tem dúvidas que em termos de cumprimento dos seus deveres social, económico e de mercado o Aeroporto Internacional da Beira é aquele que, perante a sua localização geográfica, melhor serve Moçambique, em primeiro lugar, e todas as suas Províncias, do Rovuma a Maputo e do Zumbo ao Índico?????
E, em segundo lugar, como potencial “gateway” internacional, servindo os tráfegos do Malawi, da Zâmbia, do Zimbabwe, da Republica Democrática do Congo/Katanga, Esswatini, África do Sul e, porque não?, Europa e América Latina???? Para passageiros e carga.
Claro que não é fácil, em bom rigor, saber quais os factores determinantes para iniciarmos um tráfego aéreo, seja de passageiros seja de carga (e esta com ou sem tarifas protegidas). Mas as necessidades de transporte de passageiros e de carga por via área também se criam, também se arriscam. Socorrendo-nos do que foi dito em Mercado Global de Frete Aéreo – Crescimento, Tendências, Impacto do COVID-19 e Previsões ( 2023-2028): “Apesar de os transportes terrestres e marítimos continuarem como opções favoráveis, o transporte aéreo de mercadorias é considerado o meio de transporte mais rápido e desimpedido. Com a pandemia do COVID-19, a carga aérea enfrentou desafios significativos em 2020, como queda nos volumes de comércio global, actividade econômica global e enfraquecimento da confiança do consumidor.”.
o Aeroporto Internacional da Beira é aquele que, perante a sua localização geográfica, melhor serve Moçambique, em primeiro lugar, e todas as suas Províncias, do Rovuma a Maputo e do Zumbo ao Índico
Como, e de que melhor forma, se pode incentivar o turismo nacional, considerando a localização geográfica do Aeroporto Internacional da Beira? Temos em todas as Províncias do País o calor humano e a inabalável hospitalidade moçambicana, relativamente à Província de Sofala onde se localizam, nomeadamente, o Parque Nacional da Gorongosa (único no Mundo em termos da sua biodiversidade de fauna e flora), as ruinas da Fortaleza de São Caetano de Sofala (construída em 1505), o túmulo de Mary Livingstone, em Chupanga (Lacerdónia), Marromeu, o ananás de Muxungué, o camarão, o caranguejo, as ameijoas, a garoupa, na diversa restauração e hotelaria da cidade da Beira, de Manica com a sua produção de café, pinturas rupestres, de Tete com a Barragem de Cahora Bassa, a Igreja de Boroma, as águas termais quentes, os seus tradicionais e únicos cabrito, peixes pende fresco ou “chicoa”, e da Zambézia o seu ananás de Nicuadala, a sua praia de Zalala, a sua mukapata, os seus coqueiros.
Também o Turismo de Importação pode, de forma eficaz, ser atraído a partir do Aeroporto Internacional da Beira, seja vindo dos países vizinhos ou de países mais longínquos.
Claro que, atempadamente, as actuais infra-estruturas existentes do Aeroporto Internacional da Beira deverão adaptar-se à nova realidade das necessidades e oferta, seja a qualidade e diversidade dos serviços de restauração existentes, seja das comodidades necessárias, o a/c em bom funcionamento, um quiosque de jornais e revistas (os sapatos já estão garantidos com o simpático, profissional, conversador e culto engraxador que nos dá as boas vindas), tipicas e necessárias comodidades de um aeroporto internacional.
Basicamente, o que se torna necessário é, em primeiro lugar, acreditarmos que realmente o actual Aeroporto Internacional da Beira tem tudo para dar certo, seja em movimentação de passageiros, nacionais e estrangeiros, seja em expedição, recepção e trânsito de mercadorias. Há, então, que motivar, sensibilizar os operadores de transporte aéreo para esse efeito, mas nunca ficarmos sentados à espera que façam o trabalho que nos cabe a nós fazer.
As necessidades são evidentes, seja de passageiros, seja de mercadorias. Por que esperam os senhores operadores de transporte aéreo? Estão a ser pressionados pelo mercado, pelas Agências de Viagens e Turismo da Beira ou por outros Agentes Económicos? É público que a ACB – Associação Comercial da Beira está ativa e fortemente empenhada nesta situação. O mesmo ocorrendo com os Agentes Transitários de Carga Aérea, existentes ou potenciais?
Sabem que mais? O Aeroporto Internacional da Beira será aquilo que nós quisermos que seja. Está nas nossas mãos, depende de nós.
FICA-NOS O DESAFIO!
AUGUSTO MACEDO PINTO