A AGEPOR criticou, em comunicado, a nova greve dos trabalhadores das administrações portuárias e insistiu na concessão ou licenciamento de serviços portuários.
O SNTAP pré-anunciou dez dias de greve dos trabalhadores das administrações portuárias para Junho. A AGEPOR, em nome dos agentes de navegação, fala em “inúmeros prejuízos”.
Lembrando que os portos nacionais estão a crescer em contra-ciclo, à boleia da crise no Mar Vermelho, a AGEPOR criticou o SNTAP por “acções que prejudiquem todo o esforço de todos os outros actores do Sector”.
No comunicado, os agentes de navegação criticaram, desde logo, o timing da greve, com “um Governo em início de mandato, com inúmeros problemas por resolver (…) usando a situação como forma de pressão, não tendo em consideração os prejuízos que os cancelamentos de escalas irão causar”.
Em particular, a associação referiu que “umas dezenas de milhar de passageiros de cruzeiro irão ser prejudicados”. Mas não só, e acusou o Sindicato de saber dos prejuízos que a greve irá causar: “navios de passageiros e de carga cancelarão as suas escalas nos portos portugueses”, “as cargas chegarão mais tarde e com maior custo ao seu destino”, “alguns Armadores porão em causa, no imediato e no futuro, a continuidade dos serviços que operam nos portos portugueses”.
Por isso, “para protecção de todos os que trabalham no Sector, mas também da economia nacional” a AGEPOR defendeu “soluções que impeçam que apenas alguns possam prejudicar e destruir o trabalho de tantos”.
“Neste sentido a AGEPOR irá bater-se para que se avancem com soluções que permitam que vários dos serviços portuários possam vir a ser concessionados ou licenciados por forma a beneficiar o Sector com alternativas que seguramente ajudarão ao crescimento da atividade portuária beneficiando todos os que
dela dependem”, rematou.