A Air France-KLM Cargo voltou ter prejuízo em 2016. No último ano em que reporta contas autónomas, as perdas operacionais até registaram uma ligeira melhoria de 1% face a 2015, mas continuam elevadas (244 milhões de euros).
As receitas do negócio da carga no grupo aéreo franco-holandês foram, em 2016, de 2 069 milhões de euros, uma queda de 14,7% em relação ao exercício anterior. A descida foi mais do triplo dos 4,6% de redução de capacidade ao longo do ano que passou.
“A operação de mercadorias é extremamente difícil”, disse o CFO da Air France-KLM, Pierre-François Riolacci, numa “conference call” com analistas de mercado. O mesmo responsável salientou que as companhias aéreas mundiais tiveram baixas taxas de ocupação na carga e que a “concorrência é extremamente forte”.
Pierre-François Riolacci salientou, porém, a redução das perdas. O executivo destacou a redução de 24% da frota de aviões cargueiros, para seis unidades, e a diminuição dos prejuízos nessas aeronaves para 28 milhões de euros (de 42 milhões de euros). O director financeiro da Air France-KLM salientou ainda a “impressionante” baixa os custos unitários.
O último trimestre de 2016 foi o último em que a companhia apresentou resultados de forma separada para o segmento de carga. A partir do primeiro trimestre deste ano, a carga passará a ter os resultados comunicados de forma integrada com os da operação total da companhia. O que poderá ser entendido como um sinal da perda de autonomia, e de importância, do negócio da carga no seio do grupo.
Em 2016, os resultados operacionais do grupo Air France-KLM foram de mil milhões de euros e os resultados líquidos de 792 milhões de euros.