A Air France-KLM anunciou resultados de 2011 piores do que o esperado. Essencialmente por causa da subida de mais de 16% no combustível. Uma tendência que deverá manter-se este ano, avisou.
A companhia franco-holandesa, que pela primeira vez apresentou as contas de um ano civil, referiu igualmente o impacte do sismo no Japão, das revoltas no Magrebe e das guerras civis em África para explicar o regresso aos prejuízos.
Numa base proforma, em 2010 a AF-KLM atingiu um lucro líquido de 289 milhões de euros e resultados operacionais de 28 milhões de euros. Em 2010, as perdas líquidas chegaram aos 904 milhões de euros e as perdas operacionais foram de 353 milhões de dólares.
A conta do combustível atingiu os 6,4 mil milhões de euros, mais 16%, ou 904 milhões de euros, que no exercício anterior. Para o ano corrente, o grupo estima que a factura suba ainda mais 1,1 mil milhões de euros.
Em consequência, um dos principais objectivos para o ano em curso é estabilizar o passivo nos 6,5 mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, iniciou-se o programa de redução de custos Transform 2015, que deverá permitir cortar dois mil milhões à dívida e atingir o equilíbrio nas operações de médio curso (onde perdeu 700 milhões) até ao final de 2014.
Aos jornalistas, o presidente da Air France-KLM confirmou a existência de conversações “informais” com a Eithad, a companhia de Abi Dhabi, sobre um eventual acordo comercial.