A Air France-KLM vai necessitar “rapidamente” de ajuda financeira dos estados francês e holandês, seus accionistas, dada a paragem quase total da actividade.
Numa entrevista publicada hoje no “Le Figaro”, a directora-geral da Air France, Anne Rigail, sublinhou as necessidades financeiras, apesar dos 6 000 milhões de euros disponíveis na tesouraria da Air France-KLM.
A responsável referiu haver já contactos estabelecidos com as autoridades francesas e holandesas, mas não forneceu detalhes.
Anne Rigali sublinhou que a crise provocada pela pandemia de Covid-19 provocou em poucos dias a perda de 95% da actividade, agora limitada a 36 destinos, com cinco voos intercontinentais e 15 de curta e média distância por dia, além dos transportes de carga.
A maior parte dos trabalhadores das empresas Air France, Transavia e Hop viram a sua actividade reduzida em 80%.
Apesar dos encargos salariais terem sido assumidos até ao momento pelos programas governamentais, a empresa tem de enfrentar 40-60% dos custos fixos, como impostos ou aluguer de aparelhos.
“O apoio dos Estados francês e holandês é absolutamente necessário”, acrescentou a Anne Rigali. A França e a Holanda têm 14% do capital da Air France-KLM.