O mercado mundial de carga aérea deverá crescer 3,2% ao ano, nos próximos 20 anos, prevê a Airbus no seu Global Market Forecast 2023-2042.
A carga expresso, impulsionada pelo desenvolvimento do e-commerce, será o principal motor do crescimento da carga aérea, crescendo a um ritmo anual médio de 4,9% e aumentando a sua importância específica, de 17% para 25% ao longo do período considerado pela Airbus.
Já a carga geral, que domina a actividade, representando 83% do mercado em 2019, deverá crescer 2,7% ao ano até 2042, quando representará apenas 75% do total.
Em termos globais, e medido em toneladas-km, o mercado mundial de carga aérea mais do que duplicará em 20 anos, passando de 250 mil milhões para 520 mil milhões FTK.
Para corresponder ao aumento da procura e renovar a oferta de capacidade, a Airbus prevê que a frota de aviões cargueiros, composta por 1 990 unidades no início de 2020, crescerá para os 3 230 aparelhos até 2042. Um crescimento de 1 240 aviões, a que acrescerão outros 1 270 necessários para substituir outros tantos dos actuais (apenas 720 da frota de 2020 se manterão ao serviço daqui a 20 anos).
Contas feitas, serão necessários 2 510 novos aviões cargueiros. Desses, prevê a Airbus, 920 serão construídos de raiz e os restantes 1 590 resultarão da conversão de aviões de passageiros.
Detalhando, o Global Maarket Forecast aponta para que até 2042 entrem em operação 1 020 aviões cargueiros “single-aislte”, com uma capacidade de carga entre as 10 e as 40 toneladas, 890 “Mid-size Widebody” (capazes de transportar entre 40 e 80 toneladas) e 600 “Large Widebody” (jmais de 80 toneladas).
Em termos globais, isto é, incluindo o mercado de passageiros, a Airbus prevê que a frota mundial mais do que duplique, de 22 880 aviões, no princípio de 2022, para 46 560 daqui a 20 anos. O que significa 40 850 novos aviões, para acomodar o crescimento e substituir 17 170 aparelhos em actividade.
A Ásia será, de muito longe, o principal mercado mundial, com as companhias da Ásia-Pacífico a deverem receber 9 480 novos aviões e as da R.P. China 9 440. À Europa e CIS estarão destinados 7 970 e à América do Norte 6 970.