A ajuda pública à TAP estimada até 2024 terá um impacto positivo na economia duas a três vezes superior até 2030, defendeu Miguel Frasquilho, no Parlamento.
“A ajuda pública estimada até 2024 terá um impacto positivo na economia cerca de duas a três vezes superior até 2030, portanto, é um impacto positivo muito forte, que se verificará em todas as vertentes”, afirmou o presidente do CA da TAP, ouvido na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
“A opção de deixar cair a TAP teria um custo fortíssimo para a nossa economia. […] Aquilo de que a TAP necessita até 2024 e o retorno que será gerado para a economia será muitíssimo superior a esse investimento que já está a ser feito pelos portugueses”, reiterou.
Miguel Frasquilho sublinhou, porém, que este não é “um exercício de optimismo“, mas apenas a comparação entre “um cenário em que há TAP e um cenário em que não há TAP” e as consequências na economia.
“Isto não é optimismo, isto é a constatação do peso e do impacto positivo que a TAP tem na economia e porque é que, do nosso ponto de vista, faz sentido o investimento que se está a fazer na TAP”, afirmou.
O presidente do CA disse que as necessidades de financiamento da companhia aérea até 2024 “são avultadas”, mas deverão decrescer todos os anos, até ao fim da reestruturação, o que deverá acontecer já em 2021, face a 2020.
Relativamente às negociações com a Comissão Europeia, Miguel Frasquilho esclareceu que esse processo está a ser liderado pelo Governo português, embora a TAP tenha estado presente em algumas reuniões.
“Há uma preocupação grande de Bruxelas, no que toca ao momento que o sector da aviação atravessa, mas há também uma postura, eu diria, bastante construtiva que temos sentido por parte da Comissão Europeia”, relativamente ao plano que foi apresentado em Dezembro.
“Não me passa pela cabeça que o plano não seja aprovado em Bruxelas”, frisou Miguel Frasquilho.