O Governo defende que “a única solução” para dotar a região de Lisboa de uma infra-estrutura aeroportuária com capacidade de crescimento a longo prazo é Alcochete.
Foi já publicado em Diário da República o despacho que fixa as novas opções do Governo para as infra-estruturas aeroportuárias da reguião de Lisboa, com o Executivo a decidir a construção de um aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, “solução estrutural que oferece melhores perspectivas de crescimento futuro”, a par da construção do aeroporto complementar do Montijo, “solução mais rápida e menos dispendiosa de concretizar”.
“Assim, a par da construção do aeroporto complementar do Montijo […], a decisão do Governo prevê que o aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete […] seja, por um lado, imediatamente alvo de planeamento e de conceção do projeto (com o objetivo de obtenção o mais breve possível de uma declaração de impacte ambiental) e que, por outro, a sua construção possa ter início logo que a procura no Aeroporto Humberto Delgado ou no Aeroporto do Montijo atinja determinados fatores de capacidade e/ou uma dada referência temporal a definir”, lê-se no despacho, assinado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes.
Uma vez atingidos esses fatores de capacidade e/ou referência temporal – cuja definição exacta resultará de uma necessária renegociação do contrato de concessão do Estado Português com a ANA -, desencadear-se-á, então, a obrigação da concessionária de dar início aos trabalhos de construção, acrescenta.
Por um lado, prossegue, a decisão resolve “o problema de curto prazo – com uma solução limitada na sua capacidade de expansão futura mas de mais rápida concretização -, sem impedir o desenvolvimento futuro de uma solução de cariz mais estrutural, que, embora mais demorada na sua concretização, seja capaz de servir o país no longo prazo”.
A solução agora apresentada retoma o projecto relativo à base aérea do Montijo como aeroporto complementar, mas abandona a intenção de aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, “pela dificuldade que se estima em poder obter uma declaração de impacte ambiental que a viabilizasse e pelo ambiente social de rejeição cada vez mais generalizada de um possível aumento do número de movimentos por hora no Aeroporto Humberto Delgado”.
Na nova solução, o Aeroporto Humberto Delgado será sujeito a obras – não para aumentar a sua capacidade como anteriormente estava previsto -, mas com vista à “melhoria da operacionalidade da infraestrutura, de modo a aumentar a qualidade da experiência dos passageiros, a redução dos atrasos na operação e o incremento do desempenho ambiental do aeroporto”.
O Executivo explica que também pôs de lado a hipótese de o Montijo como aeroporto único pelos riscos “muito elevados” de uma infra-estrutura aeroportuária com duas pistas de grande extensão na península do Montijo não obter autorização ambiental para avançar.
Assim, conclui, “o Governo pretende avançar com a construção do aeroporto complementar do Montijo e planear imediatamente a construção de um novo aeroporto ‘stand alone’ no Campo de Tiro de Alcochete”. Isto é, a longo prazo, a intenção é que o aeroporto de Alcochete seja o único a servir a região de Lisboa.
Um Despacho é um Despacho e vale o que vale (quase nada), não é um decreto-lei que tem de ser sancionado pelo Presidente da República: refere-se o DL que retira o poder de veto ás Autarquias no assunto em apreço. É assim que se fazem reformas estruturais? quero, posso e mando porque tenho maioria absoluta no Parlamento? não, não foi nisso que votei; o PS estará a começar a falhar nas suas promessas eleitorais; dentro de 4 anos(se não for antes) veremos; e qual será o resultado da avaliação ambiental para o Montijo? esperemos para ver.
O meu anterior comentário foi escrito antes de saber a decisão do 1º Ministro que, a ser verídica a notícia, aplaudo.
Há 20 , 30 anos já TODOS (até os corruptos do PS) sabíamos que Alcochete é única solução !?. Lisboa e Portugal perderam décadas de competitividade económica e atratividade na captação de investimento externo com esta DEMÊNCIA INTELECTUAL causada pela CORRUPÇÃO do MINISTRO JAMAIS E OUTROS (FORAM TANTOS DO PS !). NUNCA QUISERAM OUVIR A ORDEM DOS ENGENHEIROS E O LNEC, Portugal já está na Cauda da UE e Europa !!