Alfredo Casimiro (Pasogal) admite acompanhar o aumento de capital da Groundforce proposto pela TAP e até reforçar a posição accionista. “Nos termos da lei”, sublinha.
O Grupo TAP propôs subscrever um aumento de capital da capital da Groundforce de 6,97 milhões de euros, para resolver os problemas da empresa. “A minha resposta é simples: nos termos da lei, estou disposto a ir ao aumento de capital e corresponderei à minha parte“, disse o accionista maioritário da companhia (50,1%), em declarações ao “Eco”.
“Dentro dos termos da lei, estou disponível para convocar uma assembleia geral para deliberar um aumento de capital necessário para a empresa, no qual estou disponível a acompanhar e até a comprar algumas acções da TAP“, reforçou o empresário, que contesta, sem especificar, os termos da operação proposta pela TAP.
Se o aumento de capital da companhia de handling avançasse como propõe o Grupo TAP, a Pasogal veria a sua participação reduzida para cerca de 3%.
Todavia, a intenção da TAP, e do Governo, terá de ser aceite pela Comissão Europeia, dado que a transportadora aérea nacional está a beneficiar de ajuda pública.
O ministro Pedro Nuno Santos já respondeu a Alfredo Casimiro, mantendo-se ao “ataque”:
“Perante as notícias vindas hoje [terça-feira] a público, que dão conta que Alfredo Casimiro está disponível para ir ao aumento de capital na Groundforce, o Governo aguarda que o mesmo seja formalizado rapidamente. É importante que o sócio maioritário da Groundforce responda oficialmente à proposta do Grupo TAP com aquelas que são as suas intenções neste processo, para que se possa o quanto antes resolver a situação dramática que se vive na empresa”, disse ao “Eco”.
E a Pasogal respondeu, entretanto, formalmente, à proposta da TAP.
Em carta enviada à transportadora aérea e à tutela, a que a “Lusa” teve acesso, a empresa de Alfredo Casimiro garante estar pronta para “considerar a realização de um aumento do capital social da SPdH, reservado a accionistas, na modalidade de aumento de capital por novas entradas em dinheiro, com emissão de novas acções, a subscrever a um valor por acção baseado na avaliação da SPdH [Groundforce] já feita em 2018 pela Sycomore Corporate Finance”.
Os mais de de 2 000 funcionários da operadora de handling continuam sem receber os salários.