A frota mundial de navios porta-contentores deverá crescer 6%, resultado de mais entregas e menos desmantelamentos, prevê a Alphaliner.
Neste arranque de ano, apenas 12 navios, num total de 21 778 TEU, foram enviados para abate. Uma escassez que levou a consultora parisiense a rever em baixa a sua previsão da capacidade que será este ano vendida como sucata.
A nova previsão fixa-se agora no intervalo de 100-200 mil TEU, mais próxima do limite inferior, a ameaçar um novo mínimo histórico e em contraste com os mais de 413 mil TEU e os perto de 655 mil TEU retirados do activo em 2017 e 2016, respectivamente.
Ao mesmo tempo, a Alphaliner antecipa que entre Abril e Dezembro entrarão no mercado novos navios com uma capacidade agregada de um milhão de TEU.
E assim, a frota mundial de navios porta-contentores fechará o ano nos 22,37 milhões de TEU, 6% acima dos 21,1 milhões com que se iniciou o exercício.
Apesar das novas entregas, dos poucos abates e da fraqueza relativa da procura, a frota inactiva caiu dos 1,6 milhões de TEU registados em Outubro de 2016 para cerca dos 340 mil actualmente, estima a Alphaliner.
A consultora mantém, por isso, o alerta para os riscos de excesso de capacidade de oferta, que terão consequências negativas nos fretes praticados e, logo, na rendibilidade das companhias, para mais uma época de alta dos preços dos combustíveis.