O shipping de contentores deverá ter um segundo trimestre ainda mais lucrativo que o primeiro, prevê a Alphaliner.
As principais companhias de transporte marítimo de contentores voltaram a registar margens operacionais positivas no primeiro trimestre, depois de, no último quarto de 2023, terem tido as primeiras perdas em cinco anos.
De acordo com a Alphaliner, no primeiro trimestre do ano corrente as nove mais operadoras registaram uma margem operacional média de 11,4%, em contraste com a margem negativa de 3,8% registada no último trimestre de 2023.
Na verdade, assinala a consultora, a margem EBIT do primeiro trimestre foi a mais alta desde 2010, descontado, claro, os anos “loucos” de 2021 e 2022, por causa da pandemia.
A puxar pelas margens operacionais esteve a alta dos fretes, provocada pela crise no Mar Vermelho, que obrigou ao desvio dos navios do Cana do Suez e gerou uma falta de oferta de capacidade.
Segundo a Alphaliner, o valor médio dos fretes subiu 27% no primeiro trimestre de 2024 face ao quarto trimestre de 2023, oscilando entre os 14% e os 48% de aumento, segundo as companhias.
Na sua análise, a consultora antecipa que a tendência de alta dos fretes se manterá (até porque a insegurança no Mar Vermelho permanece) e “irá impulsionar mais uma série de resultados financeiros excelentes e ainda mais sólidos no segundo trimestre do ano”.
A HMM e a Yang Ming registaram as maiores margens no primeiro trimestre, ambas na casa dos 18%, seguidas de muito perto pela Evergreen e COSCO.
O único resultado negativo na amostra considerada foi registado pela Maersk. Ainda assim, a margem EBIT de -2% compara favoravelmente com os -12,8% registados pela companhia no último quarto de 2023.
A MSC não foi considerada nesta análise porque não divulga publicamente os resultados.