![Contos impopulares [i]](https://www.transportesenegocios.pt/wp-content/uploads/2022/02/Fernando-Grilo-1-1.jpg)
A espanhola Alsa vai começar nos próximos dias, na ligação Vigo-Porto, a testar o potencial da tecnologia 5G no transporte rodoviário de passageiros.
Em termos mais específicos, os testes visam identificar e responder a possíveis lacunas na cobertura 5G. Para tal. será instalado equipamento a bordo do autocarro da Alsa que opera entre Vigo e o Porto, a fim de medir os tempos de transmissão e receção de pacotes de dados.
Os sensores instalados permitirão fazer o mapeamento em alta definição para seguir o percurso do veículo com grande precisão, com os dados a serem enviados em tempo real através de um router 5G, tendo ainda sido instaladas duas câmaras de visualização de alta definição para medir o tempo que leva a enviar e receber pacotes de imagens.
Durante a viagem, os passageiros terão a opção de ver um vídeo de alta resolução (4K) em ‘streaming’, onde o tempo de carregamento e a qualidade da imagem serão analisados.
“Estamos convencidos de que o 5G será mais do que um desenvolvimento tecnológico e que nos permitirá reduzir os acidentes de trânsito e fazer viagens mais eficientes, através de uma condução contínua e estável”, afirmou o CEO da Alsa, Francisco Iglesias, citado em comunicado de imprensa.
A experiência faz parte do projecto 5G-MOBIX, co-financiado pela Comissão Europeia no âmbito do programa Horizonte 2020, que foi aprovado em 2018 com o objetivo de desenvolver e testar as funcionalidades em veículos automatizados que utilizam a tecnologia de telecomunicações 5G ao longo de corredores transfronteiriços.
A Alsa explica, em comunicado, que várias aplicações da mobilidade automatizada poderiam beneficiar do 5G, dando como exemplos as manobras colectivas de condução entre veículos e a organização de comboios de camiões, a fusão de faixas nas auto-estradas, as manobras de estacionamento, a condução no meio urbano ou o controlo remoto de veículos, entre outros.
A Alsa participa neste programa com instituições como a Direcção-Geral do Tráfego espanhola, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e outras empresas de tecnologias de transporte e comunicações (TI).
