O projecto para a estação de Coimbra valerá 15% na avaliação final das propostas candidatas à PPP troço Oiã – Soure da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP).
Questionada pela “Lusa”, a IP afirmou que a estação de Coimbra terá “uma ponderação absoluta de 15%”, no âmbito da avaliação das propostas que venham a ser apresentadas no concurso internacional lançado no final de Julho para a parceria público-privada do segundo troço da primeira fase da linha de Alta Velocidade.
No caso deste troço, o factor qualidade das propostas terá uma ponderação global de 20% (e não de 30% como aconteceu no troço Porto – Oiã), com a futura Estação Intermodal de Coimbra a representar 75% desse mesmo critério (15% de ponderação absoluta da candidatura) e os restantes 25% (5% da avaliação global) a serem relativos ao acesso Sul à mesma estação.
O factor preço valerá agora 80% da avaliação final das propostas (e não 70%, como aconteceu no Porto – Oiã).
À “Lusa”, fonte oficial da IP justificou as diferentes ponderações invocando que o troço entre o Porto e Oiã implicava mais intervenções, nomeadamente duas estações (Campanhã, no Porto, e Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia), com 10,5% de ponderação absoluta cada, e uma nova ponte sobre o Douro, com uma ponderação absoluta de 9%.
Apesar de a ponderação aplicável ao factor qualidade ter sido reduzida neste segundo concurso público, “a avaliação da Estação de Coimbra não sofreu qualquer desvalorização relativamente às Estações de Porto (Campanhã) ou de Gaia (Santo Ovídio), antes pelo contrário, uma vez que foi incrementada de 10,5% para 15%”, sublinhou a IP.
A IP afirmou ainda que as propostas deverão, “na medida do possível, seguir os estudos urbanísticos do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra”.
Ainda que o documento que acompanha este concurso não corresponda à versão final do Plano de Pormenor, que ainda não foi sequer objecto de aprovação, nem do período de discussão pública formal, corresponde “ao que, nessa matéria, foi tornado público, pela Câmara Municipal de Coimbra, na sessão pública de apresentação do plano de pormenor e inauguração da respectiva maqueta”, aclarou a IP.
“A intervenção de adaptação da Estação de Coimbra à Alta Velocidade visa criar uma estação intermodal, como referido. A sua concepção, que caberá ao adjudicatário do concurso relativo à concessão do troço Oiã – Soure (PPP2), deverá, como referido, e na medida do possível, seguir os estudos urbanísticos do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra”.
O prazo para a apresentação de propostas à PPP Oiã – Soure termina a 6 de Janeiro do próximo ano. O valor máximo de adjudicação é de 1,6 mil milhões de euros.
O contrato da PPP, com um prazo total de 30 anos, “inclui um período de desenvolvimento, que se estima que seja de cinco anos, e um período de disponibilização da infra-estrutura, com uma duração prevista de 25 anos”, disse a IP.