O troço entre Oiã (Oliveira do Bairro) e Soure, de cerca de 70 quilómetros, da futura linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, deverá representar um investimento de 1,3 mil milhões de euros.
A informação consta do resumo não técnico do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) daquele que é o lote B da fase 1 da linha de Alta Velocidade que há-de ligar Lisboa e Porto, e que está desde hoje em consulta pública. O lote A corresponde à ligação entre o Porto e Oiã, avaliado em 1,65 mil milhões de euros, e cujo processo de consulta pública terminou na passada sexta-feira.
No caso da ligação Oiã – Soure, está em causa a construção da nova linha para velocidades de projecto de 300 km/hora, em bitola ibérica (mas com possibilidade de migração para bitola UIC), a quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e Coimbra e a ampliação da estação de Coimbra-B.
O projecto agora em discussão contempla várias alternativas de traçados, tentando minimizar os impactos do atravessamento nas ocupação urbana e nas actividades económicas, e ainda as variantes de Anadia (para proteger a zona de produção dos vinhos da Bairrada) e de Oliveira do Bairro (para preservar a expansão da zona industrial de Vila Vede), com interligação das duas.
De acordo com o cronograma já anunciado, a ligação Porto – Soure deverá estar concluída em 2028. Seguir-se-á a fase 2, entre Soure e Carregado, prevista para ser construída entre 2026 e 2030. A partir do Carregado e até Lisboa será usada a Linha do Norte até que se esgote (mesmo depois da quadruplicação prevista para vários troços).
A ligação Porto – Lisboa em Alta Velocidade será complementada pela ligação Porto – Vigo, criando-se assim um novo eixo Norte – Sul na fachada atlântica.