O troço Porto – Oiã, o primeiro da Fase 1 da futura linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa custará 1,65 mil milhões de euros e demorará quatro anos a construir.
A informação consta do resumo não técnico do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da futura linha de Alta Velocidade, desde hoje em consulta pública e até 16 de Junho próximo.
A noa linha será construída em via dupla, electrificada, com uma velocidade máxima de projecto de 300 km/hora, exclusiva para o tráfego de passageiros. A bitola será a ibérica, para facilitar a integração com a restante rede ferroviária nacional, “mas tendo em vista a interoperabilidade com o sistema europeu, integra travessas polivalentes que permitem, em caso de necessidade, a passagem para esse sistema europeu”.
Previstas estão também várias ligações à Linha do Norte, para permitir, desde logo, a chegada do novo serviço a Aveiro.
O investimento previsto, na casa dos 1,65 milhões de euros., será co-financiado em 500 milhões de euros com fundos comunitários. O restante “será financiado através de contratos de concessão da concepção, construção, manutenção e financiamento” da via, adianta o estudo.
A fase 1 da futura Linha de Alta Velocidade integra ainda o troço entre Oiã e Soure, desenvolvido de forma integrada com o primeiro, mas objecto de um EIA específico.
De acordo com o cronograma já anunciado, a ligação Porto – Soure deverá estar concluída em 2028. Seguir-se-á a fase 2, entre Soure e Carregado, prevista para ser construída entre 2026 e 2030. A partir do Carregado e até Lisboa será usada a Linha do Norte.
Para mais tarde, para depois de 2030, ficará a fase 3, entre Carregado e Lisboa. Que só avançará quando se perspectivar o esgotamento da capacidade da Linha do Norte, que entretanto beneficiará da quadruplicação de vários troços daquele trajecto, refere o relatório. Isto porque, justifica, a entrada da Alta Velocidade em Lisboa “se estima seja muito onerosa pelos condicionamentos orográficos e de ocupação do território, que obrigam a um traçado, na sua quase totalidade, numa sequência de túneis e extensos viadutos”.
No que toca à procura, prevê-se que, no horizonte de 2036, “a procura anual, no cenário tendencial, seja da ordem dos 14,06 milhões de passageiros, contra 8,35 milhões” sem linha de Alta Velocidade.
A ligação Porto – Lisboa em Alta Velocidade será complementada pela ligação Porto – Vigo, criando-se assim um novo eixo Norte – Sul na fachada atlântica.
Penso que até o João Galamba perceberia que para rentabilizar e amortizar a futura AV entre as duas capitais Ibéricas, Lisboa e Madrid e entre o Porto e Lisboa “ajudava muito” acabar com todos os vôos internos entre estas cidades e outras como com Barcelona e assim “encher” todos os comboios e descarbunizávamos a Peninsula Ibérica, é fácil !
Estou consigo, Luís Pereira. Duvido é de governantes como uma ainda(?) ministra que, alegadamente, disse não há muito tempo que para Madrid temos o avião e, por isso, a AV seria desnecessária. Pobre criatura.
É isto que temos em vários sectores de decisão