A Amazon estará a preparar a criação de uma companhia aérea. A gigante mundial do e-commerce estará à procura de cerca de 60 B767 para a sua frota. E no entretanto já terá iniciado operações com a ATSG.
A Amazon trabalha actualmente com os maiores integrators mundiais. Mas mesmo eles não estarão a ser capazes de responder às necessidades do crescimento da multinacional, e menos ainda em épocas de pico e, logo, de escassez de capacidade.
A internalização da operação, além de resolver aqueles problemas, poderá também aumentar os ganhos da companhia, reconhecem os analistas. No ano passado, a conta dos serviços logísticos da Amazon ascendeu a 8,7 mil milhões de dólares.
Para constituir a sua própria frota de aviões cargueiros a Amazon terá já escolhido o B767. O avião preferido dos integrators e dos operadores de carga aérea. A ideia será deter cerca de 60 daqueles aparelhos, o que poderá não revelar-se fácil de imediato. Mas representa uma oportunidade de negócio a que as locadoras já estão atentas.
As especulações sobre a vontade da Amazon entrar no transporte aéreo não são de hoje mas ganharam fôlego com as notícias dos voos de cinco B767 da ATSG e da ABX Air, para um cliente norte-americano não identificado, a partir de uma base desactivada da DHL em Wilmington, no estado do Ohio.
Desde o início de Novembro já se realizaram mais de 200 voos à partida de Wilmington, contra os sete ocorridos no mesmo período do ano passado. Acresce que os aviões têm voado para destinos como Dallas, Tampa e Ontario, próximos de plataformas da Amazon.
Ao “Loadstar”, que tem tratado este tema em detalhe, um porta-voz da Amazon respondeu apenas que a companhia “tem uma prática duradoura de não comentar rumores ou especulações”.