O terminal de Lousado da Medway recebeu “luz verde” do Ambiente. As obras deverão arrancar no terceiro trimestre. O investimento subiu para 63 milhões.
Um ano depois da primeira data prevista para o arranque das operações no terminal de Lousado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu a Declaração de Impacte Ambiental favorável ao projecto da Medway.
No entretanto, o investimento a realizar pela operadora ferroviária quase duplicou, de 35 para 63 milhões de euros, confirmando a ambição da Medway de dispôr do maior terminal do género da Península Ibérica, ao nível dos melhores do mundo.
Para que as obras avancem falta agora a aprovação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Um processo que deverá ser facilitado pelo diálogo que tem sido entre a operadora ferroviária e a autarquia acerca do empreendimento.
“Estamos esperançados em começar as obras no início do terceiro trimestre, para podermos ter o terminal operacional em 2022″, adianta Carlos Vasconcelos, presidente da Medway, citado em comunicado da empresa.
“Este projecto é de extrema importância, quer para a Medway, quer para a região, pois, quando estiver concluído, permitirá aumentar a competitividade da mesma e do transporte ferroviário, potenciando, assim, novos investimentos para a região a norte do Douro e para o concelho de Famalicão”, sublinha.
Mas nem tudo são boas notícias. “Esperamos que a recente decisão de encerramento do Complexo Ferroviário da Bobadela, cujos impactos estamos a avaliar, não venha a comprometer este projecto”, alerta Carlos Vasconcelos.
Foi em Janeiro de 2019 que a Medway assinou com a Infraestruturas de Portugal e a Câmara de Famalicão o protocolo para desenvolver o terminal de Lousado.
O complexo, com o qual a Medway aposta em levar o mar a Famalicão, ocupará uma área de 22 hectares. Para além de quatro linhas de 750 metros, disporá de uma zona de parqueamento para 11 mil TEU (com tomadas para contentores refrigerados), uma área reservada para mercadoria perigosa, espaços para armazenagem e serviços logísticos, parque seguro para camiões, oficinas e vigilância 24 horas.
O terminal terá capacidade para movimentar 500 mil TEU/ano e realizar 12-14 comboios de 750 metros/dia. Desde logo, para os portos de Leixões e Sines. Assim a infra-estrutura ferroviária (nomeadamente na zona do Grande Porto) seja modernizada, o que está previsto, e se resolva o “caso” da Bobadela.
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Este investimento da MEDWAY é de interesse (muito mais do que local e regional) Nacional porque eleva todas as empresas exportadoras para outro nível não apenas Ibérico como Europeu. É preciso materializar o investimento !
Se for preciso que a MEDWAY fique com a Bobadela para que nada impeça a concretização deste investimento !