O terminal de cruzeiros do Douro que a APDL pretende construir na zona do Cais do Cavaco, em Vila Nova de Gaia, terá de ser mais pequeno que o previsto.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu parecer favorável à construção do terminal de cruzeiros do Douro junto à foz do rio, mas sujeito ao cumprimento de condições para minimizar os impactos negativos identificados, avançou a “Lusa”.
Desde logo, o cais, com um comprimento previsto de 340 metros, para acomodar em simultâneo quatro navios-hotel de 80 metros comprimento, deverá ser reduzido para apenas três postos de atracagem.
Com isso poderá ficar prejudicada a possibilidade, prevista no projecto inicial, de acostagem de um navio de menores dimensões na zona interior do cais, para operações de manutenção ou cargas.
Em sintonia com a redução da capacidade do terminal, a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) prevê “melhorar a integração do edifício [do terminal], em termos de proporcionalidade.
O projecto apresentado pela APDL prevê um edifício de 180 metros de comprimento por 27 metros de largura e dois pisos de altura. A APA sugere que, em sede de RECAPE [Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução), seja, por exemplo, deslocado mais para Poente ou reduzida a cércea.
Sacrificada poderá ser a zona de apoio ao recreio náutico, que o projecto da APDL prevê ter capacidade para receber 55 embarcações de entre 6 e 15 metros de comprimento.
Com a redução prevista do terminal, a APA considera que o seu impacto na mobilidade na zona também será menor, mas ainda assim impõe que a operação só poderá iniciar-se “quando estiver assegurado, na envolvente próxima, o estacionamento para os veículos ligeiros e pesados associados ao funcionamento da infraestrutura”.