A Área Metropolitana do Porto (AMP) admite ponderar a criação de uma empresa metropolitana de transportes, face à dimensão dos contratos que terá de gerir.
A comissão executiva da Área Metropolitana do Porto (AMP) quer debater a potencial criação de uma empresa metropolitana de transportes, face à dimensão do concurso público de concessão do serviço de transporte colectivo rodoviário de passageiros.
O tema foi levantado pelo presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, na última reunião do Conselho Metropolitano do Porto, dizendo que “à medida que as coisas vão ganhando dimensão e tracção” no concurso de transporte público rodoviário de passageiros, “se calhar fará sentido, pelo menos, saber em que condições pode ser criada [a empresa metropolitana] e o que é que isso implica para o funcionamento da área metropolitana”.
“A Area Metropolitana não tem condições de gerir, com a equipa que tem, um contrato com aquela dimensão”, disse a responsável.
A primeira secretária referia-se ao concurso público de 394 milhões de euros, adjudicado inicialmente por 307,6 milhões, que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a dever apresentar “uma imagem comum em todo o território”.
Ariana Pinho disse ainda que o assunto da criação de uma empresa metropolitana não foi abordado desde “um estudo que foi trazido, salvo erro, há um ano”. “É um assunto que é do nosso interesse desenvolver”, reforçou.
Na reunião do Conselho Metropolitano foi também abordada a questão da criação de uma aplicação móvel (‘app’) a desenvolver para os transportes na AMP, na sequência de um procedimento lançado em Fevereiro.
Questionada por vários autarcas, Ariana Pinho disse que o concurso já foi adjudicado. “Ainda estamos em reuniões para incorporar a informação, para já, do novo concurso”, disse a responsável aos autarcas, acrescentando que “nesta fase é cedo para trabalhar na ‘app'”.
De acordo com a informação consultada pela “Lusa”, a vencedora do concurso foi a ANO – Sistemas de Informática e Serviços, por 350,9 mil euros.