A nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP) custará 311,6 milhões de euros em sete anos, menos 82,4 milhões de euros do que o inicialmente previsto.
A AMP vai, afinal, pagar menos do que se propunha pela nova rede de autocarros, com arranque previsto para Novembro (decorre actualmente o período de transição de seis meses).
O valor base do concurso público, lançado em 2019, era de 394 milhões de euros e, apesar da Covid-19, da inflação e de tudo o mais, o valor conjunto dos cinco contratos, relativos aos cinco lotes, é de apenas 311,6 milhões de euros, avançou a “Lusa”.
De acordo com os registos no portal Base, o lote mais caro será o Norte Nascente (Santo Tirso / Valongo / Paredes / Gondomar), adjudicado à Nex Continental Holdings (Grupo Alsa) por 93,5 milhões de euros. Segue-se o lote Norte Centro (Maia / Matosinhos / Trofa), adjudicado à Vianorbus (consórcio Barraqueiro e Resende) por 82,3 milhões de euros.
O lote Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho), adjudicado à Transportes Beira Douro (da Auto Viação Feirense) custará à AMP 59,8 milhões de euros, o Sul Nascente (Santa Maria da Feira / São João da Madeira / Arouca / Oliveira de Azeméis / Vale de Cambra), adjudicado à Xerbus (Xerpa Mobility e Monbus) custará 41,9 milhões de euros, e o Norte Poente (Póvoa de Varzim / Vila do Conde), adjudicado à Porto Mobilidade (consórcio Transdev, Auto Viação do Minho e Litoral Norte) 34,1 milhões de euros.
A nova rede de autocarros da Área Metropolitana contará mais de 430 linhas, com o sistema de bilhética integrada Andante, e operará sob a marca única UNIR. A frota de autocarros não poderá ultrapassar, na fase de arranque, os 14 anos de idade mas terá de ser reduzida ao longo da concessão.
A gestão do sistema ficará a cargo de uma empresa metropolitana de transportes, ainda a criar, que integrará também a TIP, a entidade que gere o Andane.