A ANA vai investir 233 milhões de euros na expansão do aeroporto de Lisboa. O contrato para a realização das obras foi hoje assinado.
Um consórcio liderado pela Mota-Engil (e que integra a própria Vinci) vai realizar as obras para aumentar a capacidade do aeroporto de Lisboa, enquanto o NAL de Alcochete não se concretiza.
O investimento, no valor de 233 milhões de euros, prevê, no essencial, a ampliação do terminal Sul, com a criação de dez novos pontos de embarque, e a criação de uma nova placa de estacionamento de aviões usando o espaço de Figo Maduro.
Os trabalhos deverão ficar concluídos em 2027. A expansão do aeroporto de Lisboa deverá permitir passar dos actuais 38 movimentos de aeronaves por hora para «45. O objectivo do Governo é aumentar a capacidade da infra-estrutura para a casa dos 40-45 milhões de passageiros (contra os 35 milhões previstos pela ANA para o próximo ano).
Numa declaração antes da assinatura do contrato com o consórcio liderado pela Mota-Engil , José Luís Arnaut, presidente da ANA Aeroportos, sublinhou que com as obras, o Aeroporto Humberto Delgado “vai ter um upgrade significativo”.
Já Thierry Ligonnière, director da Vinci para Portugal, assinalou que este é “o maior projecto que a ANA fez, em termos de valor, desde a realização do aeroporto Francisco Sá Carneiro”.
A cerimónia foi apadrinhada pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas.
Esperemos que a TTT e o NAL fiquem concluidos até 2040 se não perdermos ajudas do PRR e do PDR 2030 já que não conseguimos completar os eixos ferroviários internacionais, Norte e Sul, com as ligações aos portos de Leixões e Sines. Boa sorte para o governo AD que herdou do PS uma situação calamitosa derivada de ter desaproveitado todo o PDR 2020 por culpa dos Pedros Marques e Santos.
Não pondo em dúvida, evidentemente, a utilidade das obras anunciadas, observo que as obrigações específicas de desenvolvimento 13, 14 e 17 do Anexo 9 do contrato de concessão (prolongamento para norte do taxiway para saídas rápidas da pista 03 agora 02, entradas múltiplas na pista 21 agora 20, e expropriações na zona de entradas múltiplas) que a ANA deveria ter concluído até 2021 não fazem parte das referidas obras. Conforme explicado no relatório da CTI (PT2-Anexo 10 – Análise curto prazo), aumentariam a segurança operacional, reduziriam o ruído e permitiriam recuperar atrasos, evitando o cruzamento da pista pelos aviões maiores. Não se cumpriu o contrato, mas cria-se a imagem de um grande sucesso.