A ANA terá uma participação de 30% na futura concessionária dos aeroportos e aeródromos de Cabo Verde, detida pela Vinci.
Na quarta-feira, o governo de Cabo Verde anunciou que aprovou a atribuição da concessão do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil nos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos ao grupo Vinci.
Ontem, o Executivo cabo-verdiano precisou que “A Vinci Airports propõe constituir uma sociedade de direito cabo-verdiano com a ANA – Aeroportos Portugal S.A., que será titular de 30% das participações sociais, com o fim específico de celebrar o Contrato de Concessão de Gestão e prosseguir o objeto da concessão”.
O património físico integrado nos aeroportos continua propriedade do Estado de Cabo Verde, acrescentou.
“Cabo Verde precisava de dar este importante passo, porque historicamente a gestão aeroportuária sempre foi uma actividade deficitária”, vincou, recordando que entre 2020 e 2021, por causa da pandemia, os aeroportos e aeródromos cabo-verdianos tiveram prejuízos superiores a três mil milhões de escudos (27 milhões de euros).
Após a concessão, a ASA – Aeroportos e Segurança Aérea (a ainda gestora aeroportuária) continuará com a responsabilidade de prestar os serviços de Navegação Aérea, nomeadamente na gestão da FIR Oceânica do Sal, que se manterá 100% na esfera pública, não sendo alvo de concessão a privados.
“Sendo esta uma atividade rentável, a sustentabilidade económico-financeira da ASA sem os aeroportos sairá reforçada. Realça-se que a atividade de handling, manter-se-á na responsabilidade da Cabo Verde Handling, que continua a ser detida a 100% pela ASA”, adiantou o governo.