Angola vai registar dois anos consecutivos de contracção económica, de acordo com a Economist Intelligence Unit (EIU): 3,8% em 2019 e 3,6% em 2020.
Só depois haverá melhores notícias para Angola, com a EIU a prever uma taxa média de crescimento económico de 4,2% para aquele país lusófono entre 2021 e 2023.
O relatório da EIU indica que a produção de petróleo angolana caiu quase 10% em 2018, para uma média de 1,478 milhões de barris por dia. A justificação para tal cenário é o facto de vários poços estarem já numa fase de final de vida e de não terem sido feitos investimento em novos.
A EIU antecipa que a produção de petróleo deverá, por isso, continuar em queda ao longo dos próximos dois anos, ficando, mesmo, abaixo do limite de 1,481 milhões de barris por dia imposto pela OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo, devido à queda dos preços do produto e aos já referidos adiamentos dos investimentos.
O crescimento médio anual de 4,2% de 2021 a 2023 decorrerá, explicam desde a EIU, devido a um crescimento mais acentuado dos sectores agrícola, mineiro, de construção civil, industrial e dos serviços, que serão apoiados pelo aumento do crédito devido a redução da taxa de inflação.
O relatório acrescenta que o crescimento da economia não-petrolífera de Angola, que deverá ocorrer a partir de 2021, em conjunto com a quebra pronunciada da produção petrolífera, deverá levar o governo do país a adoptar uma atitude mais favorável à realização de negócios.