O aeroporto de Beja vai servir de base de manutenção dos aviões Antonov que operam em África, prevê o memorando de entendimento entre a portuguesa Aeroneo, a sua associada Jetlease e a empresa estatal ucraniana de construção de aeronaves e de serviços aeronáuticos Antonov.
O acordo prevê a manutenção dos aviões comerciais da Antonov, que operam em África, na unidade industrial que a Aeroneo vai construir no aeroporto de Beja, “incluindo as suas possíveis renovações, conversões e revalorizações”, explica a empresa portuguesa em comunicado.
Segundo a Aeroneo, o acordo prevê ainda a promoção dos aviões comerciais da Antonov nos mercados europeus e africanos e a organização dos respectivos processos de leasing e “a utilização do potencial tecnológico Antonov para o desenvolvimento de produtos novos ou existentes”.
De acordo com o vice-presidente da Antonov, Oleksander Kotsiuba, e os sócios-gerentes da Aeroneo, Pierre à Porta e Dominique Verhaegen, “o acordo irá permitir a ambos os grupos beneficiarem de vantagens das suas posições de nicho e no sentido do desenvolvimento de áreas da indústria”.
A AeroNeo, que tem sede em Portugal e é participada pela suíça GreenParts Holding, vai investir oito milhões de euros numa unidade industrial de manutenção e desmantelamento de aviões e valorização de activos aeronáuticos, no aeroporto de Beja, que criará 80 postos de trabalho.
Segundo o sócio-gerente da AeroNeo, Dominique Verhaegen, a unidade, que vai “nascer” numa área de 7 500 metros quadrados, deverá começar a funcionar em 2017 e irá começar por criar 30 postos de trabalho, número que poderá chegar aos 80 postos de trabalho ecfetivos “a partir do terceiro ou do quarto ano”.
A Antonov, empresa pública líder na indústria aeronáutica ucraniana com sede e principal localização industrial junto a Kiev, já fabricou cerca de 25 mil aviões de passageiros, de transporte de cargas e outros mais específicos, que são utilizados por operadores em 78 países, refere a Aeroneo.