A ANTP diz que o sector não aguenta as condições que ANTRAM e sindicatos de motoristas andam a negociar e quer que o Governo lhe diga como está o processo.
A Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) admite uma paralisação, caso o Governo não dialogue com os patrões sobre a situação dos motoristas.”
“O grande erro é o Governo estar em silêncio”, acusa Márcio Lopes, presidente da ANTP, citado pela “Lusa”,
acrescentando que a ANTP anda “há semanas” a pedir uma reunião com o Governo, para saber o ponto de situação das negociações com os representantes dos motoristas.
Segundo o dirigente, o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, aceitou receber representantes da ANTP hoje, às 14 horas, depois de a associação ter decidido “ameaçar com uma paralisação”.
Márcio Lopes reiterou haver “uma certa revolta entre os empresários”, por não terem sido contactados pelo Governo dando conta das negociações com os motoristas, uma vez que vão ser afectados pelos aumentos salariais destes trabalhadores, já aprovados para o final do ano.
“Já foi aceite o aumento para os 700 euros no final do ano [e isso é algo] que o sector não suporta”, salientou o presidente da ANTP.
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) têm convocada para 12 de Agosto uma greve por tempo indeterminado.
Os representantes dos motoristas pretendem acordar aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em Janeiro de 2020, 800 euros em Janeiro de 2021 e 900 euros em Janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1 400 euros em Janeiro de 2020, 1 550 euros em Janeiro de 2021 e 1 715 euros em Janeiro de 2022.