Cerca de mil empresas do sector do transporte rodoviário de mercadorias encerraram desde o início de 2011, denuncia a Associação Nacional de Transportadoras Portuguesas (ANTP).
Em declarações à “Lusa”, Artur Mota, presidente da ANTP, acrescentou que o desaparecimento de tantas empresas “significa uma média de cinco mil postos de trabalho a nível nacional”.
Além dessas, existem várias transportadoras rodoviárias de mercadorias que têm os seus camiões parados. “Há empresas que têm camiões parados, umas porque o serviço não é rentável, outras porque já não conseguem crédito para o combustível”, justificou Artur Mota, sem adiantar números.
Outra situação que está a afectar a actividade das empresas do sector é a redução das importações. “Há muita exportação e pouca importação, ou seja, os camiões vão para o estrangeiro e estão lá dias, por vezes uma semana, à espera de carga. Há muitos camiões parados lá fora durante muitos dias”, explicou o presidente da ANTP, que foi um dos rostos do bloqueio de dois dias realizado em Março do ano passado.
A ANTP, criada depois do bloqueio do Verão de 2008, conta actualmente com cerca de 800 associados.
Dirigentes da associação estiveram reunidos na semana passada com a membros do gabinete do secretário de Estado dos Transportes, sensibilizando-os para as dificuldades do sector e para a necessidade de avançar – ainda que com pequenos passos, como foi dito na altura – na concretização das medidas de apoio ao sector acordadas há um ano.