Face ao agravar da crise no sector, os transportadores rodoviários de mercadorias de Portugal e Espanha tentam de novo criar uma frente comum reivindicativa junto dos respectivos governos.
A cidade galega de Ourense foi palco da 1.ª Cimeira Ibérica das Empresas de Transporte Rodoviário de Mercadorias, que juntou a espanhola Fenadismer (Federação Nacional das Associações de Transporte de Espanha) e a portuguesa ANTP (Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas).
Em análise esteve a situação do sector nos dois lados da fronteira, caracterizável pelo desaparecimento de mais de 15 mil empresas (14 mil em Espanha e mil em Portugal) e pela quebra brutal nos volumes transportados (para níveis de 2001 no país vizinho, e por cá para o realizado em 1992).
As associações de transportadores rodoviários de mercadorias decidiram, por isso, voltar a insistir junto dos respectivos governos para que sejam impostas, e fiscalizadas, regras que garantam o pagamento dos serviços e que impeçam a contratação de serviços abaixo dos custos operacionais.
Igualmente será reclamada junto das autoridades de Lisboa e Madrid o cumprimento, pelas concessionárias das auto-estradas, das directivas comunitárias sobre a interoperabilidade dos sistemas de cobrança electrónica de portagens (no caso, os sistemas Via Verde e Via-t). Defendem os transportadores que assim ser-lhe-ia possível optarem pelo serviço que lhes fosse mais conveniente.