A ANTRAM anunciou que vai processar o advogado e vice-presidente do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, por “afirmações falsas, gravemente difamatórias e injuriosas”.
Em comunicado, o advogado e porta-voz da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), André Matias de Almeida, informou que “as falsidades proferidas naquela entrevista [quarta-feira, à RTP3] são de tal forma graves – e contraditórias com documentos que aquele representante
[Pedro Pardal Henriques] não pode desconhecer – que a ANTRAM não poderá deixar de agir na defesa intransigente do bom nome das empresas que representa e que pagam os seus impostos”.
Em causa estão as declarações do dirigente do Sindicato Nacional de Motoristas de Mercadorias Perigosas (SNMMP), quando defendeu que a ANTRAM não cumpriu os acordos assinados em 9 e 17 de Maio com os sindicatos.
“O que levou a desconvocar a greve que estava anunciada para dia 23 de Maio não foi um aumento faseado, foi aceitar 900 euros de salário base”, afirmou Pardal Henriques.
Contudo, segundo o dirigente sindical, quando as partes se reuniram novamente para transpor o que tinha sido acordado, a ANTRAM “disse ‘meus senhores, a partir de agora não vamos cumprir o que aqui está'”, motivo
pelo qual os sindicatos decidiram romper o diálogo, que estava a ser mediado pelo Ministério do Trabalho.
A ANTRAM afirma que foi o SNMMP que rompeu com as negociações, pedindo o adiamento de uma reunião que estava agendada para 2 de Julho, “para a realização de um congresso, tendo nesse mesmo congresso ocultado informação determinante aos seus trabalhadores, como é exemplo o protocolo celebrado em 17 de Maio de 2019, onde o SNMMP deixou cair a exigência do aumento de 100 euros para 2012 e para 2022, ficando tais aumentos antes indexados ao salário mínimo nacional”.
A ANTRAM, reitera André Matias de Almeida no comunicado, “está sempre disponível para negociar desde que tal não seja perante um pré-aviso de greve e sob chantagem”.