O porto de Antuérpia anunciou a encomenda de um rebocador a metanol, um rebocador a hidrogénio e dois navios-patrulha híbridos.
A autoridade portuária de Antuérpia indica que espera a aprovação regulatória para começar a usar o navio movido a metanol em operações no porto até ao final do ano.
“Também encomendamos a construção de dois navios-patrulha híbridos e de um hidrotug, o primeiro rebocador do mundo movido a hidrogénio. Além disso, a nossa frota de rebocadores está a ser substituída por embarcações com propulsão mais eficiente em termos de energia”, afirma uma porta-voz do porto de Antuérpia.
Numa perspectiva mais alargada, o grande desafio para o metanol é a existência em quantidade suficientes da sua versão renovável mais limpa. Para atingir as metas de 2050 de combustível limpo, metanol sintético ou renovável derivado de biomassa sustentável ou hidrogénio renovável e CO2 reciclado terão de estar disponíveis em quantidades significativas. O metanol convencional tem origem no gás natural e é, por isso, visto por muitos transportadores como algo que só pode funcionar como uma medida provisória.
O hidrogénio poderá ter maior aceitação pela frota global. O combustível de transporte único que serve para todos é um conceito do passado, com hidrogénio e amoníaco a figurarem como os principais candidatos para o cumprimento das metas de combustível mais limpo, de acordo com o CEO da companhia de transporte Euronav, Hugo De Stoop. “
Os vencedores já foram decididos e serão hidrogénio ou amoníaco”, disse De Stoop numa recente entrevista à “S&P Global Platts”. “O único problema que temos é que não sabemos quando vai estar pronto e disponível”, acrescentou.