Os portos de Antuérpia e de Zeebrugge anunciaram formalmente a sua fusão, que originará o segundo maior porto da Europa, capaz de rivalizar com Roterdão.
Juntos, Antuérpia e Zeebrugge valem 13,8 milhões de TEU (números de 2020), mas os seus responsáveis dizem que a fusão “vai muito para além de toneladas e TEU”. Assim: “a ambição é criar o primeiro porto mundial que reconcilie a economia, as pessoas e o clima”.
As negociações para a fusão entre as cidades de Antuérpia e de Bruges iniciaram-se em 2018. O acordo terá ainda de passar pelo crivo das autoridades da concorrência. Annick De Ridder, actual presidente do porto de Antuérpia, será a presidente do futuro porto de Antuépia-Bruges, tendo como vice-presidente Dirk De Fauw, presidente da Câmara e presidente do porto de Zeebrugge. O CEO da Autoridade Portuária de Antuérpia, Jacques Vandermeiren, manterá as funções na nova entidade.
“Estamos a caminho de nos tornarmos o porto global da Europa, e estamos também a reforçar a nossa posição como o mais importante porto de contentores em tonelagem [157 milhões de toneladas], um forte porto ro-ro e um dos maiores nos granéis”, sublinhou Annick De Rider.
Portugal não poderia seguir os bons exemplos? Antuérpia situa-se a várias horas de navegação desde o mar do norte, mais as horas que poderão ser necessárias para atravessar as enormes eclusas (só fecham/abrem quando cheias de vários navios, barcaças, etc)para “saltar” do rio Escalda para o porto propriamente dito, que é uma monstruosidade totalmente ; Zeebrugge está “na praia” do Mar do Norte, sem necessidade de eclusas e sem necessidade de acesso por rio.
Parece um “golpe de mestre”: porquê concorrerem entre si? é certo que Antuérpia tem acesso direto com barcaças (que têm capacidade de navios costeiros) pelo canal de Liège para o interior da Bélgica aproximando-se do rio Reno na Alemanha e do Luxemburgo. O assunto é vasto, não cabendo num simples comentário.
Portugal: tivemos “avanço” tendo como Presidente comum para os portos de Lisboa e Setúbal? e F. Foz, Aveiro, Leixões ,Viana que distam uns dos outros uma meras dezenas de quilómetros, com 4 (quatro) administrações distintas e certamente concorrentes entre si, sem desenvolvimento integrado?
Gostaria que alguém me lucidasse neste assunto, cujo modelo julgo ter elevados custos para o erário público.