Apenas Antuérpia (e talvez Gioia Tauro) lograram crescer em plena pandemia de Covid-19, entre os 15 maiores portos europeus de contentores.
Os dados coligidos por Theo Notteboom, e relativos aos três primeiros trimestres de 2020, mostram que praticamente todos os portos considerados movimentaram menos contentores que no período homólogo de 2019, mas com grandes diferenças entre eles.
Antuérpia ainda ganhou 0,2% e foi o único a crescer, de acordo com os dados disponíveis. Gioia Tauro terá feito ainda melhor, mas o resultado do porto italiano ainda não é conhecido, além do que se trata de um terminal que no ano passado estava praticamente parado e foi entretanto reactivado pela TIL.
Na tabela dos 15 mais merecem ainda destaque, pela positiva, Algeciras, que recuou apenas 1,3%, e, pela negativa, Le Havre e Barcelona, que perderam 23% e 19,1%, respectivamente.
Os portos do Pireu e de Gdansk, que nos últimos anos tiveram ascensões meteóricas, cederam nos primeiros nove meses de 2020 5,5% e 7,6%, respectivamente.
Roterdão, que lidera, folgado, o ranking, deslizou 4,7%, o que representa ainda um dos melhores resultados dos 15.
Crise financeira pior que a Covid-19
Na comparação com o comportamento dos mesmos portos na ressaca da última crise financeira global, constata-se que então, em 2009 face a 2008, as perdas de actividade foram bastante superiores.
Os dados coligidos por Theo Notteboom lembram Roterdão a cair 9,6%, Antuérpia 15,6%, Hamburgo 28%, Algeciras 8,5%, Barcelona 29,9%,…
A crescer então, de 2008 para 2009, entre os 15 maiores da actualidade, apenas estiveram Valência (+1,6%), Gdansk (+47%) e Pireu (+91,7%).