Em linha com o “Ano da Multimodalidade” decidido por Bruxelas, a APAT aposta em fazer de 2018 o “Ano do Transitário”, reafirmou Paulo Paiva, na tomada de posse como presidente da Direcção da associação dos transitários.
Porque “o transitário é o Operador Multimodal por excelência. Então o reconhecimento da importância da Multimodalidade pela Senhora Comissária [Europeia dos Transportes], é o reconhecimento do papel fundamental dos transitários para a competitividade das empresas e países no mercado global”, justificou o dirigente.
Quatro vectores de actuação
No arranque do segundo mandato na liderança da APAT, hoje oficializado em Lisboa com a tomada de posse dos Corpos Sociais eleitos a 21 de Março, Paulo Paiva deixou os objectivos para os próximos três anos. Assim:
“No vector institucional a representação proactiva junto da tutela, das Autoridades, de outras Associações do sector, também a nível internacional com a FIATA , a CLECAT e o EACPJC (European Air Cargo Programme Joint Council).
“Vamos, ainda, estabelecer contactos com Associações congéneres nos PALOP, e dinamizar a representação nas regiões autónomas.
“Um segundo vector ligado aos serviços da Associação, de onde se destacam a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, o desenvolvimento de uma plataforma de e-learning, permitindo levar a Formação APAT a mais associados, mas também a todos os que pretendam obter conhecimento dentro da nossa área de actuação, a criação e dinamização de acções de formação e consultoria conjunta e implementação de processos no âmbito do Regime Geral de Protecção de dados, iniciar programa de consultoria para certificação AEO e avaliação e possível revisão das condições de atribuição do Selo de Excelência para que cada vez mais esteja ao serviço das empresas que apostam nesta distinção como factor de reconhecimento e diferenciação. (…)
“O terceiro vector, guiado pela comunicação interna e externa, da qual a Revista APAT é já um activo importante, mas que passará pela sua actualização devendo estar disponível também nos meios electrónicos, alargando aos PALOP a distribuição por essa via. Estamos também já a trabalhar para a criação do Blogue APAT.
“Finalmente, o quarto vector, garantidamente o mais importante a nível interno, tendo como prioridades a formação continua e a valorização dos recursos humanos da Associação. Pois a aposta em mais e melhores competências resulta num incremento da capacidade da APAT no suporte ao sucesso dos nossos associados”.
Falta a estratégia para a carga aérea
Falando sobre a envolvente e sobre as opções estratégicas para o sector, o presidente da APAT disse subscrever as opções para os portos nacionais e insistiu na necessidade de ser apresentada uma estratégia de desenvolvimento da carga nos aeroportos.
Em prol do desígnio de tornar o país “um exemplo de eficiência e competitividade ao nível logístico”, a APAT propõe-se participar activamente no desenvolvimento da JUL, fortalecer as ligações com a AT e ter uma voz activa “sobre os investimentos criteriosos nas infra-estruturas logísticas, assegurando que sejam efectivamente cumpridos”.