Depois de Lisboa, a APAT rumou ao Porto para lançar as bases do Fórum de Carga Aérea, que se pretende nacional, “porque os problemas são idênticos em todo o lado”, justificou o presidente executivo dos transitários ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Sete transitários, duas companhias aéreas – TAP e Lufthansa Cargo – e um handler (Groundforce) deram, no Porto, o “pontapé de saída” para a criação do Fórum de Carga Aérea, uma iniciativa impulsionada pela APAT que visa, nas palavras de António Nabo Martins, “elencar e ajudar a resolver os problemas que afectam uma actividade fundamental para a economia”.
Da troca de opiniões resultou que, a Norte como a Sul, os problemas são essencialmente os mesmos, ou seja, “deficientes infra-estruturas e dificuldades no rastreio das cargas”. As deficiências elencadas serão agora colocadas no papel e enviadas para quem de direito e com competências para ajudar a resolvê-las. “Vamos contactar as várias entidades envolvidas no sector, casos da ANAC, ANA, Ministério das Infraestruturas, Autoridade Tributária,…”, referiu Nabo Martins.
Todas e todos serão bem-vindos no Fórum, para que se resolvam os problemas de um sector que, lembra o presidente executivo da APAT, “movimenta poucos volumes, mas muitos valores” e que “desempenha um papel fundamental para o abastecimento da economia e das populações, como se constatou durante a pandemia”, acrescentou.
Passada, a crise, a carga aérea recusa voltar a ser o “parente pobre” do transporte aéreo e reclama respostas para as dificuldades. “Por exemplo, o aeroporto de Lisboa tem as câmaras frigoríficas avariadas, e o tempo anunciado para a reparação é de oito semanas!”.
Porque os problemas são semelhantes, porque a anterior experiência das comunidades de carga aérea de Lisboa e do Porto não funcionou, e por falta de massa crítica, o Fórum de Carga Aérea será nacional. Mas será essencialmente uma estrutura muito ligeira, assente sobretudo na recolha e troca de informações por via electrónica, nas redes sociais, onde todos poderão participar.
A cada três meses prevê-se uma reunião presencial, alternadamente em Lisboa e no Porto, rematou o dirigente dos transitários.