O concurso para o novo terminal de contentores de Leixões avançará até ao final do ano, mas a APDL ainda não decidiu quem assumirá a construção.
A reconversão do terminal multiusos no novo terminal de contentores de Leixões, com fundos de -14 metros, irá a concurso até ao final do ano, mas o modelo de concessão ainda não está fechado, disse Nuno Araújo, presidente da APDL, na recente PORTO MARITIME WEEK, promovida pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Sobre a mesa estão duas hipóteses para construir a “maior obra pública do século”, referiu Nuno Araújo. “A primeira é fazer aquilo que já fizemos no passado, isto é, fazermos a obra e depois concessionarmos a operação. Seria algo arrojado para a APDL mas está a ser equacionado. A solução alternativa passa por entregarmos logo a concepção, construção e depois a exploração a uma empresa privada. No final do ano iremos colocar no mercado aquela que for a melhor opção para o Estado e para a APDL”, disse.
O investimento previsto é de 220 milhões de euros, e daí Nuno Araújo falar em “algo arrojado” para a APDL. Até porque a administração portuária de Leixões perdeu cerca de 15 milhões de euros de receitas anuais com o fim da movimentação de petróleo bruto, em consequência do encerramento da refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira.
Mas os planos de Leixões para o negócio dos contentores não se esgotam no novo terminal. No horizonte está também a modernização e ampliação do terminal de contentores norte (concessionado à Yilport) que, juntamente com a ampliação do terminal de contentores sul (praticamente concluída) e o novo terminal permitirão duplicar o volume de carga contentorizada no porto.
E daí também a aposta na ferrovia porque, sublinhou Nuno Araújo, é impensável duplicar o número de camiões que diariamente demandam o porto nortenho para carregar/descarregar contentores.