A APDL quer concessionar a privados a exploração do porto comercial de Sardoura, na Via Navegável do Douro, por um mínimo de dez anos.
Foi hoje publicado em Diário da República o anúncio do concurso para a concessão do serviço público da exploração do porto comercial de Sardoura, no rio Douro.
O prazo inicial da concessão é de dez anos, com possibilidade de um máximo de quatro renovações de cinco anos cada, o que, a verificar-se, estenderá a concessão por um período de 30 anos.
Os potenciais candidatos têm 30 dias para apresentar as propostas, que serão válidas por um prazo de seis meses.
Localizado na margem esquerda do rio Douro, o porto comercial de Sardoura arrancou há já longos anos, operado por uma das empresas envolvidas na exploração e comercialização dos granitos da região. A ideia era, desde logo, fomentar a exportação do granito directamente para os mercados do Norte da Europa com recurso a embarcações fluvio-marítimas.
Facto é que nem o porto de Sardoura (e, posteriormente, o de Várzea do Douro, praticamente defronte) conseguiu constituir-se como uma alternativa a Leixões, nem se concretizou a captação de outras cargas com origam/destino na região duriense.
Em 2019, o último ano completo de actividade, passaram pela Via Navegável do Douro cerca de 40 mil toneladas. E ainda assim registou-se um crescimento de 32%.
Desde que “herdou” do IMT a gestão da via negável, a APDL tem procurado dinamizar a actividade comercial no Duro, mas os sucessos têm-se limitado praticamente às actividades turísticas.
Nem mesmo o facto de o Douro integrar a RTE-T tem facilitado as coisas junto de Bruxelas, nas tentativas da APDL de captar meios financeiros para melhorar o sistema de eclusas e resolver os constrangimentos à navegação que persistem.