A APDL baptizou hoje cinco embarcações para o serviço do porto de Leixões e da Via Navegável do Douro, num investimento de mais de quatro milhões de euros.
Os reforços da frota da APDL são um rebocador multifunções, com um custo de 2,75 milhões de euros, uma lancha de pilotos (829 mil euros) e três lanchas de amarração que, juntas, custaram 830 mil euros. As novas embarcações foram construídas pela Navaltagus.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que presidiu à cerimónia de baptismo, em Vila Nova de Gaia, destacou a importância do investimento – co-financiado em 85% por fundos comunitários – para a segurança da navegação e destacou também “a manutenção de elevados critérios de exigência ambiental”.
Já a presidente do conselho de administração da APDL, Guilhermina Rego, referiu como objectivo “garantir a capacidade de resposta e de segurança” das três estruturas geridas pela entidade: o rio Douro, o porto de Leixões e o porto de Viana do Castelo.
Sobre as cinco embarcações, Guilhermina Rego destacou que o rebocador multifunções tem, também, características que lhe permitem ajudar no combate a incêndios ou na detenção de derrames, entre outras situações, enquanto a lancha de pilotos, disse a presidente da APDL, “vem garantir a fiabilidade dos serviços de pilotagem nas condições mais adversas de mar”.
“Isto é uma parte de uma abordagem nova e mais ambiciosa para o Douro que é uma grande via navegável da Europa, estando sujeito a exigências. A APDL e o Estado têm responsabilidades e o Douro é uma grande prioridade. É a possibilidade de levar o mar e oceano mais além. Este é um pequeno contributo para a melhoria da
qualidade ambiental do Douro”, acrescentou Ana Paula Vitorino.
Indústria naval em alta
O facto de as novas embarcações terem sido construídas em Portugal foi também destacado pela ministra do Mar, que a propósito salientou que o sector da indústria naval registou um aumento de 20% em 2018 face a 2017, dizendo-se convicta de que esta área é “uma boa aposta para as gerações mais novas”.
“Tem havido um aumento substancial. A maior parte das embarcações que são necessárias para os portos portugueses já são feitas em Portugal. As embarcações para o turismo de cruzeiro do Douro também já são maioritariamente feitas em Portugal e o sector de exportação também tem registado aumentos”, disse a governante.
A ministra do Mar apontou que “o crescimento das encomendas permite dizer que esta é uma indústria que está a aumentar o número de postos de trabalho”.
“Isto é fantástico porque há uns anos não estaríamos a falar dentro de um rebocador construído em Portugal. Esta é já uma evolução”, concluiu.