Juntos, os 71 navios inactivos representam apenas 134 mil TEU, ou 0,9% da capacidade da frota mundial de porta-contentores celulares, sublinha a Alphaliner.
Os números coligidos pela casa francesa reportam ao passado dia 25 de Abril e, di-lo a própria, deverão pecar por excesso já no final de Maio corrente. Mesmo se os sinais de um excesso de oferta de capacidade são cada vez mais evidentes.
Entre os 71 navios referenciados, 26 são propriedade dos transportadores e representam 75 mil TEU de capacidade. Mas à parte alguns que são demasiado velhos e outros que estarão danificados, a maioria deverá estar a navegar no final do mês. Exemplo: o Zim Djibouti, de 10 062 TEU, e o Zim San Diego, de 8 440 TEU, deverão integrar o novo serviço Ásia-Europe Express 2 (AEX2), operado conjuntamente pela Zim, CSCL e Evergreen, referea Alphaliner.
Outros 45 porta-contentores imobilizados são propriedade de armadores não operadores (NOO) e representam 59 mil TEU. Mas também aí há casos de navios que só agora foram “devolvidos” pelos seus operadores.
Longe, muito longe, parece estar o pico da crise, no final de 2009, quando quase 600 navios porta-contentores estavam parados por falta de cargas para transportar.
A Alphaliner lembra que antes do eclodir da crise, em Setembro de 2008, a frota inactiva variava entre os 40 e os 70 navios, incluindo unidades demasiado antigas ou danificadas.
Agora, avisa, o desequilíbrio entre a oferta e a procura está a provocar a deterioração dos fretes, de tal modo que em alguns tráfegos já se estará abaixo dos níveis do break-even operacional. O acumular de perdas poderá, assim, levar os operadores a retirarem alguma capacidade do mercado.