Apesar da quebra dos fretes e do abrandamento da procura, os armadores estão a manter o essencial da oferta no transporte marítimo de contentores entre a Ásia e o Norte da Europa.
De acordo com a Alphaliner, numa comparação entre 1 de Novembro do ano passado e 4 de Novembro último, a oferta de capacidade semanal média no Ásia – Norte da Europa das alianças recuou apenas 2 pontos percentuais, em termos de quota de mercado, de 99% para 97%.
Na verdade, a aliança 2M, que junta a MSC e a Maersk, foi a única a reduzir a oferta, em 4 pontos percentuais, passando a deter uma quota de mercado de 32%.
Já a Ocean Alliance manteve inalterada a sua quota de mercado, nos 38%, e a THE Alliance até aumentou a sua presença no mercado, aumentando de 25% para 27% a sua fatia em termos de oferta.
Os operadores outsiders relativamente às alianças praticamente triplicaram, de 1% para 3%, a respetiva quota de mercado.
Os maiores cortes de capacidade terão acontecido, isso sim, no Trans-Pacífico.
De acordo com analistas, a correcção das tarifas spot não está a afectar os principais operadores do mercado, que têm a maioria dos seus negócios com contratos de longo prazo, negociados em alta. Por isso, acrescentam, esses mesmos operadores terão menos necessidade de retirar oferta do mercado para manter ou puxar os preços.
Acresce, salientam outros observadores, que os contratos impõem níveis de oferta de capacidade, além do que a supressão de viagens / escalas implicará também algum entendimento com os operadores de terminais.