Vinte anos de ter entrado em Portugal pelo Norte, a Arriva abandona o mercado com a venda da Transportes Sul do Tejo (TST) aos israelistas do Grupo Dan.
O negócio foi hoje anunciado em comunicado pelo Grupo Arriva, que justificou a saída de Portugal com a estratégia de “operar um portefólio de negócios mais restrito”.
Do lado comprador está o Grupo Dan, apresentado como a segunda maior empresas de transportes de Israel, com um frota de cerca de 2 300 autocarros e cerca de 4 500 trabalhadores.
O negócio está ainda dependente das autorizações necessárias, mas deverá ficar concluído até ao final de Agosto, quando estará completa a integração da TST no Grupo Dan.
A mudança acontece num momento de transformação da própria TST, que a partir de 1 de Julho iniciará a prestação do serviço público de transporte de passageiros nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, incluindo as linhas de ligação a Lisboa, Setúbal, Barreiro e Moita, sob a marca Carris Metropolitana, no âmbito do lote 3 do concurso oportunamente lançado pela AML, utilizando 339 autocarros (290 novos) e mais de 800 trabalhadores, na sua maioria motoristas, A empresa dispõe ainda de uma área de negócio de aluguer de autocarros, marca TST, com serviços regulares especializados e ocasionais.
A Arriva, actualmente detida pelo grupo Deutsche Banh, chegou a Portugal em 2000, pela “mão” de Manuel Basto Oliveira, tendo então adquirido a Ami-Transportes e a Abílio da Costa Moreira, que operavam entre Douro e Minho. Entretanto, a empresa não ganhou (ou não acorreu) os concursos realizados pelas autoridades de transportes nas áreas onde operava.
O Grupo Arriva, através da Arriva Investimentos, SGPS, mantém uma participação accionista no Grupo Barraqueiro, que não está envolvida no negócios hoje tornado público.
