A Arsenal do Alfeite S.A vai investir 2,5 milhões de euros na dragagem do canal de acesso à doca e no reequipamento das oficinas, visando a manutenção dos submarinos.
A decisão foi avançada à “Lusa” pelo presidente do conselho de administração da empresa.
O concurso público para as obras de dragagem do canal de acesso e bacia de manobra da doca seca da Arsenal terá um valor base de 500 mil euros, disse o contra-almirante José Belo. O restante será aplicado no reequipamento das oficinas, incluindo o fabrico de “ferramentas especiais” e “equipamentos de prova” adiantou.
A dragagem do canal de acesso à doca e o reequipamento das oficinas eram “essenciais” para dotar o estaleiro da capacidade para as revisões programadas dos submarinos da Marinha portuguesa. A revisão do “Arpão” está planeada para começar “a partir de Setembro”, disse.
A par da “capacitação material”, está a decorrer o processo de “formação e treino do pessoal da empresa desde há cerca de um ano” nos estaleiros do fabricante, a TKMS, na Alemanha, sublinhou.
Em declarações à “Lusa”, o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, considerou que a capacitação dos estaleiros da Arsenal do Alfeite “é um passo importante” para a empresa, de capitais 100% públicos, e para a “capacidade operacional da Marinha”.
O secretário de Estado sublinhou ainda o acordo entre a Alfeite S.A e o fabricante alemão TKMS que prevê a possibilidade de a reparação e manutenção de outros submarinos do mesmo fabricante poder vir a ser feita em Portugal.
No final de Fevereiro, um dia antes de abandonar as funções, a presidente da Alfeite, S.A., Andreia Ventura, já avisara que “a Arsenal tem um potencial espantoso, mas é preciso acção”, tendo dado como exemplo a necessidade de decidir o alargamento da doca, para permitir a reparação simultânea dos submarinos e de navios de superfície da Armada.
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